SABRINA SILVA
REDAÇÃO G5
O atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), de 77 anos, acaba de ser reeleito neste domingo (27) para mais quatro anos no comando da capital mineira, segundo o Datafolha. Ele fez história ao se tornar o prefeito mais velho já eleito na cidade, derrotando o deputado Bruno Engler (PL), de 27 anos.
As urnas começaram a revelar os primeiros resultados do segundo turno, indicando uma vantagem inicial para Noman. Com 5,44% das seções apuradas, Fuad liderava com 54,38%, totalizando 37.237 votos, enquanto Engler contabilizava 45,62%, equivalente a 31.233 votos.
Essa vantagem de Fuad já havia sido sinalizada nas pesquisas mais recentes. Na pesquisa da Quaest, divulgada na noite de sábado (26), Fuad aparecia com 52% das intenções de voto, enquanto Engler estava com 48%. Outra pesquisa, da Atlas Intel, também publicada no mesmo dia, confirmou a leve vantagem do atual prefeito, que tinha 53,2% dos votos válidos, contra 46,8% de Engler.
Além disso, considerando os votos nulos, brancos e indecisos, Noman apresentou um pequeno crescimento, subindo de 52% para 52,1%. Em contraste, Engler registrou uma leve queda, passando de 46% para 45,8%, o que indicava uma tendência favorável ao prefeito.
A trajetória de Fuad na eleição não foi fácil. No primeiro turno, Engler liderava com 34,38% dos votos, enquanto o prefeito ficou com 26,54%. No entanto, Fuad conseguiu virar o jogo ao conquistar os votos dos candidatos derrotados e focar sua campanha nas obras que realizou em Belo Horizonte. Para não afastar eleitores mais conservadores, ele evitou eventos com figuras da esquerda, embora tenha recebido apoio de alguns deputados desse segmento.
Durante a campanha, Fuad também enfrentou ataques, incluindo tentativas de desqualificação relacionadas a um livro que escreveu em 2020. A Justiça Eleitoral precisou intervir para barrar a divulgação de informações enganosas sobre sua obra.
Assumindo a prefeitura em março de 2022, após a saída de Alexandre Kalil, Fuad enfrentou desafios como o desconhecimento de sua imagem pela população e sua saúde, já que estava em tratamento de quimioterapia por um linfoma não Hodgkin. Duas semanas antes do segundo turno, ele foi liberado pelos médicos e manteve o foco na sua reeleição.