SABRINA SILVA
REDAÇÃO G5
A Justiça Eleitoral de Belo Horizonte ordenou nesta quarta-feira (23) que uma propaganda da campanha de Bruno Engler (PL) fosse retirada do ar. O motivo é o vídeo, onde sugeria que um livro escrito por Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, fazia apologia à pedofilia.
O livro em questão, “Cobiça”, escrito por Noman em 2020, traz um trecho onde uma personagem conta ter sido vítima de abuso infantil. A vice de Engler, Claudia Romualdo, chegou a dizer na propaganda: “Eu nem vou ler o que está escrito porque é muito pesado e pode ter crianças ouvindo.”
A equipe de Noman entrou na Justiça alegando que a propaganda estava distorcendo o conteúdo do livro para enganar os eleitores. E o juiz Adriano Zocche concordou. Segundo ele, a propaganda de Engler tirou o trecho de contexto, dando a falsa impressão de que o livro incentivava o abuso.
Zocche explicou que o trecho é apenas parte de uma história fictícia que expõe os abusos sofridos por uma personagem, sem qualquer intenção de apoiar esses atos. Por isso, ele determinou que a propaganda fosse imediatamente retirada do ar.
Disputa entre os evangélicos
A campanha de Bruno Engler tem adotado uma postura mais agressiva, especialmente entre o público evangélico, onde o candidato tem maior apoio. Segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, Engler lidera com 51% das intenções de voto entre os evangélicos, contra 34% de Fuad Noman.
No total, Fuad ainda tem uma vantagem geral, com 46% das intenções de voto, enquanto Engler está tecnicamente empatado com 40%. A pesquisa anterior mostrava Engler com 37%, enquanto Fuad mantinha os mesmos 46%.