Ouça este conteúdo
Enquanto o governador Romeu Zema (Novo) está em viagem ao exterior, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), assumiu a administração estadual e se posicionou contra a proposta de fim da escala de trabalho 6×1, que prevê a redução da jornada semanal para quatro dias e 36 horas. Essa mudança, proposta pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e em discussão na Câmara dos Deputados, busca reduzir o tempo de trabalho semanal e permitir três dias de descanso.
Simões argumenta que a medida pode ter efeitos negativos na economia, como aumento do desemprego, e defende que o ideal seria flexibilizar a legislação para incentivar mais empregos. “Precisamos de mais flexibilidade na legislação e não de regras mais rígidas. Jornadas flexíveis permitem turnos menos exaustivos e mais oportunidades de trabalho”, afirmou Simões, reiterando a posição compartilhada pelo governador Zema.
No 7º Congresso Mineiro de Novos Gestores, em Belo Horizonte, Simões ainda destacou a importância de formatos alternativos, como o pagamento por hora e a jornada intermitente, que, segundo ele, atualmente são inviáveis no Brasil devido a barreiras legais. Seu posicionamento ocorre em sintonia com as preocupações expressas pelo setor produtivo mineiro, que teme impactos como demissões e redução de salários caso a PEC avance.
As federações de comércio e indústria, incluindo Fecomércio-MG, Fiemg e Abrasel, também manifestaram sua oposição à medida, alertando para o risco de elevação dos custos operacionais e possível aumento de 15% nos preços em bares e restaurantes. A PEC, que propõe alterações no artigo 7 da Constituição, ainda precisa de 171 assinaturas de deputados para ser votada.