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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou a possibilidade de novas medidas de contenção de gastos, pelo menos por enquanto. De acordo com a assessoria de Haddad, não há planos ou propostas para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o governo quer evitar criar expectativas no mercado financeiro sobre novos anúncios nesse sentido. A informação foi divulgada em uma nota oficial, após especulações sobre o tema.
Essa declaração ocorre em um momento de relativa queda do dólar, que voltou a cair para menos de R$ 6, após uma trajetória de alta. O dólar fechou na sexta-feira (26) cotado a R$ 5,917, o menor valor desde novembro do ano passado, refletindo a expectativa de um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China. O recuo foi de 0,12%, mas no governo, existe a preocupação de que, na ausência de medidas fiscais, o mercado reaja com uma nova alta da moeda americana e dos juros futuros, especialmente depois de um período de relativa estabilidade no câmbio.
Este cenário não é novidade para o governo, que já vivenciou uma situação semelhante no ano passado, quando o anúncio de medidas de corte de gastos ficou em suspense por um tempo, gerando um clima de incerteza no mercado. Para evitar a repetição desse ciclo de especulações, o governo quer deixar claro que não há qualquer medida programada no curto prazo.
O debate sobre novas ações fiscais está ligado à necessidade de aprovação do Projeto de Lei Orçamentária de 2025, que precisa passar por uma negociação no Congresso, especialmente com a escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado, prevista para o início de fevereiro. Só após esse processo é que o governo se sentirá à vontade para discutir a inclusão de novas medidas no orçamento, o que deve ser feito de forma cuidadosa e estratégica.
