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O clima esquentou entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), durante o evento de apresentação de um complexo de desenvolvimento de produtos de mobilidade híbrida-flex, em Betim, Minas Gerais, hoje 11/03. A disputa entre os dois políticos foi notada nas falas, onde se alfinetaram ao comentar sobre as equipes de trabalho de seus respectivos governos.
Zema, ao iniciar seu discurso, destacou que a gestão mineira se caracteriza por uma equipe enxuta e eficiente. Segundo ele, uma máquina pública do estado não precisa de grandes números de funcionários para funcionar corretamente. “O que nós estamos fazendo no governo de Minas é o que qualquer empresa faz. Gente competente. Todo o meu secretariado foi selecionado igual a Fiat contrata. Apesar de sermos o segundo estado mais populoso do Brasil, somos o que tem o menor número de secretarias, 14”, afirmou o governador. Ele comparou a gestão de Minas a um tempo de futebol, dizendo que “não precisa colocar 20, 30 jogadores em campo, precisa de 11 craques, e é o que temos feito aqui.”
Por outro lado, o presidente Lula rebateu a ideia ao enfatizar a importância de ter uma equipe de qualidade para avançar nas políticas públicas, especialmente aquelas externas para os mais vulneráveis. “Dizem que tenho sorte, quero saber quem quer contratar goleiro que tem sorte. Tenho sorte de montar uma equipe extraordinária como essa equipe aqui”, disse Lula, destacando que o mais importante não é a quantidade, mas a qualidade das pessoas que formam a equipe governamental. “Não quero só uma cara formada em filosofia, engenharia, formada em qualquer coisa, é muito importante o diploma, mas quero pessoas que tenham antes de tudo sensibilidade no coração para entender o problema da sociedade brasileira”, complementou o presidente.
Lula manda recado para Trump durante evento em Minas Gerais
Aproveitando a oportunidade de estar em Minas Gerais, o presidente Lula também invejou um recado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio às declarações comerciais entre os dois países. Lula respondeu diretamente às acusações de Trump, que havia formalizada a tributação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, afetando o Brasil e principalmente Minas Gerais, que é o terceiro maior produtor exportador de aço.
“Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar esse país”, afirmou Lula. O presidente também ressaltou a importância do respeito mútuo entre as nações. “O Brasil não quer ser maior do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser menor. Queremos ser iguais, porque sendo iguais a gente aprende a se respeitar mutuamente”, completou.
Lula, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido um modelo mais sustentável para a indústria automobilística no Brasil, com foco no desenvolvimento de carros que emitam menos poluentes e em combustíveis mais sustentáveis. Esse discurso se alinha com o fato de que Minas Gerais é um elemento-chave na indústria automobilística nacional.
