Belo Horizonte, 3 de junho de 2025

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Paulo Cupertino é condenado a 98 anos por matar ator de Chiquititas em São Paulo

Júri reconhece autoria no assassinato de Rafael Miguel e dos pais dele, ocorrida em 2019 na zona sul da capital paulista.
Cupertino condenado
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Paulo Cupertino Matias, de 54 anos, foi condenado a 98 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel. O júri popular ocorreu no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, e durou dois dias, sendo encerrado nesta sexta-feira (30/05). O crime aconteceu em junho de 2019, no bairro de Pedreira, na zona sul da capital paulista. Rafael, conhecido por atuar na novela “Chiquititas” e em diversos comerciais, namorava a filha de Cupertino na época e tinha apenas 22 anos quando foi morto.

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Segundo os depoimentos colhidos durante o julgamento, as vítimas foram até a casa de Isabela, filha de Cupertino, para uma conversa sobre o relacionamento do casal. Rafael estava acompanhado dos pais, que buscavam dialogar com a família da jovem. Eles foram recebidos por Isabela e pela mãe dela, mas, pouco depois, Cupertino chegou ao local armado e, conforme relatado, disparou contra as três vítimas enquanto elas aguardavam no portão da residência. Todos morreram no local.

O promotor Thiago Alcocer Marin pediu uma pena exemplar, afirmando que Rafael Miguel foi “assassinado de forma covarde”. De acordo com a acusação, foram efetuados 12 disparos: sete atingiram Rafael, três seu pai e dois sua mãe. Apesar disso, a defesa, representada pela advogada Mirian Nunes Souza, negou a autoria do crime e sustentou que o Ministério Público não apresentou provas suficientes. “Meu cliente não é assassino. Meu cliente não matou as três vítimas. As testemunhas acham que ele matou, porque ele não se conformava com o namoro da filha”, declarou Mirian.

Durante o julgamento, o histórico de agressividade de Cupertino também foi exposto. Vanessa Tibcherani de Camargo, ex-mulher do réu, abriu seu depoimento afirmando que Cupertino “assassinou as três pessoas a sangue frio” e relatou que ele costumava agredi-la sempre que era contrariado, chegando a cortar suas roupas com um facão em uma das ocasiões. Além disso, a filha do acusado, Isabela Tibcherani Matias, prestou depoimento e pediu que o pai não estivesse presente na sala. Ela contou que, no dia do crime, foi surpreendida ao ver Cupertino abrir o portão da casa, uma vez que ele não residia mais lá. Após ser puxada para dentro da residência, ouviu uma longa sequência de disparos e, ao sair, viu os corpos de Rafael e dos pais na rua. Ela também relatou episódios de agressão e afirmou que, até hoje, faz uso de medicação, enquanto seu irmão, que tinha 13 anos à época, sofre de depressão.

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