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Em Belo Horizonte, uma mulher de 22 anos sofreu uma violência brutal por parte do ex-namorado, Kássio Fernando dos Santos Ragazzi, de 36 anos. O crime aconteceu durante a madrugada de uma terça-feira no bairro Jardim Felicidade, na Região Norte da capital. A vítima ficou um mês sem conseguir andar após ser agredida e estuprada de forma cruel, quase tendo seu útero arrancado.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a mãe da jovem recebeu um telefonema desesperado da filha, relatando que estava sangrando e pedindo ajuda. A mãe rapidamente foi até a casa da filha e levou para o Hospital Risoleta Tolentino Neves. Lá, a vítima recebeu atendimento médico e passou por uma cirurgia. Ela não soube explicar como Kássio entrou em sua residência, mas a PM confirmou que ele havia pulado o muro. O homem tentou reatar o relacionamento, mas, ao ser rejeitado, reagiu com extrema violência.
O tenente da Polícia Militar, Nikolas Brandhuber, explicou que, após investigações, os policiais localizaram Kássio na região do bairro União, onde ele foi preso sem resistência. Dentro do carro em que estava, foram encontradas três facas. O suspeito negou as acusações.
Segundo o boletim de ocorrência, o relacionamento do casal, que durou dois anos, havia terminado há 15 dias. Durante esse período, o homem já havia invadido a casa da ex em três outras vezes, tentando forçar relações sexuais. Na última agressão, a vítima foi violentamente atacada depois de se recusar a ter relações com ele. Kássio a socou, a mordeu, a arremessou contra a parede e tentou arrancar seu útero, provocando graves danos.
Em audiência de instrução, a vítima falou sobre o relacionamento com o agressor desde a infância, ressaltando a violência constante durante o namoro. Ela detalhou como foi jogada no chão, teve a cabeça batida na parede e foi sufocada. Durante as agressões, ele ameaçou dizendo que, se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém. Nesse momento Kassio segurou o corpo da ex no chão com uma das mãos e usou a outra para estuprá-la e tentar arrancar seu útero.
O juiz Bruno Sena Carmona, responsável pelo caso, ouviu outras testemunhas e abriu um prazo para investigações finais.
