Belo Horizonte, 4 de junho de 2025

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STF marca interrogatório sobre trama golpista envolvendo Bolsonaro e ex-ministros

Mauro Cid abre as oitivas na próxima segunda; Bolsonaro será o sexto a depor entre os réus do “Núcleo 1” do processo

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para a próxima segunda-feira (09/06) o início dos interrogatórios dos réus na ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder. Os interrogatórios serão presenciais, realizados na sala de audiências da 1ª Turma do STF, com exceção do ex-ministro Walter Braga Netto, preso preventivamente no Rio de Janeiro, que será ouvido por videoconferência.

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As oitivas começam às 14h, com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador da investigação por meio de um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A partir daí, os demais réus serão ouvidos seguindo a ordem alfabética: Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor-geral da Abin; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF; Augusto Heleno, general e ex-ministro do GSI; Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato à vice-presidência.

A Primeira Turma do STF reservou mais quatro sessões para concluir os interrogatórios, caso necessário, até o próximo dia 13. A programação inclui audiências nos seguintes horários: 10 de junho, das 9h às 20h; 11 de junho, das 8h às 10h; 12 de junho, das 9h às 13h; e 13 de junho, das 9h às 20h. As sessões de quarta e quinta-feira serão mais curtas devido aos compromissos do plenário do Supremo.

Nesta segunda-feira (02/06), o STF encerrou a fase de oitivas das testemunhas de defesa e acusação, totalizando 52 depoimentos. Destas, cinco foram indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e 47 pelas defesas dos réus — duas prestaram informações por escrito. Além disso, houve a desistência de 28 testemunhas, sendo 27 dispensadas pelas defesas e uma pela acusação. O último a depor foi o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, que negou participação ou discussão sobre golpe, alegando apenas preocupação com uma transição pacífica de governo.

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