Belo Horizonte, 23 de abril de 2025

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STF aceita denúncia e transforma aliados de Bolsonaro em réus por tentativa de golpe

Primeira Turma do STF aceita denúncia contra integrantes do núcleo 2, grupo acusado de coordenar plano golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições

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O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou, nesta terça-feira (22), a denúncia contra o chamado “núcleo 2” da tentativa de golpe de Estado em 2022, tornando formalmente réus seis aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi unânime na Primeira Turma da Corte e marca o avanço do processo que investiga um plano para manter Bolsonaro no poder após o resultado das eleições presidenciais. Entre os nomes denunciados estão figuras de destaque como o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e o ex-assessor Filipe Martins, acusados de coordenar e apoiar o planejamento do suposto golpe.

Com a aceitação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o processo entra agora na fase de instrução, que inclui coleta de provas, depoimentos e análise de documentos. Ou seja, os ministros ainda não julgaram se os réus são culpados, mas entenderam que há indícios suficientes para que eles respondam criminalmente. A decisão segue o voto do relator Alexandre de Moraes e foi acompanhada por Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.

A PGR apontou que o núcleo era responsável por garantir suporte operacional e estratégico à tentativa de ruptura institucional. Os denunciados são: Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor da Presidência; Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército; Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF; Mário Fernandes, general da reserva; e Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. De acordo com o STF, a denúncia detalha de forma individual as condutas de cada um e apresenta elementos considerados suficientes para a abertura da ação penal.

Durante o julgamento, os ministros também rejeitaram os pedidos de nulidade do processo e as alegações das defesas, que questionavam a imparcialidade de três magistrados — Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin — e do procurador-geral Paulo Gonet. Segundo Moraes, a Corte já afastou qualquer dúvida sobre impedimento ou parcialidade. Ele ressaltou que a denúncia cumpre todos os requisitos legais, permitindo que os acusados exerçam o direito à ampla defesa ao longo do processo.

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