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Mark Lemley, advogado de renome e professor da Universidade de Stanford, decidiu romper com a Meta, alegando que a postura de Mark Zuckerberg nos últimos tempos o levou a essa decisão. O advogado, que representava a empresa em um caso relacionado à propriedade intelectual, criticou abertamente o CEO, afirmando que ele estaria promovendo “masculinidade tóxica e comportamentos extremistas”.
A polêmica teve início quando Zuckerberg, em uma entrevista ao podcast de Joe Rogan, defendeu que o ambiente corporativo necessitava de mais “energia masculina”. Essa declaração gerou reações negativas e trouxe à tona mudanças recentes na postura da Meta, trazendo uma transformação no posicionamento da empresa.
Em 2021, a companhia havia suspendido Donald Trump de suas plataformas (Facebook e Instagram) por comentários que apoiaram atos violentos durante a invasão ao Capitólio. No entanto, como as contas do ex-presidente foram reativadas, a empresa passou a adotar um comportamento mais alinhado aos interesses de Trump.
Em agosto de 2024, Trump chegou a ameaçar Zuckerberg com “prisão perpétua”, acusando-o de ter utilizado as plataformas da Meta contra ele nas eleições de 2020. O ex-presidente também declarou que, caso algo semelhante acontecesse nas eleições de 2024, Zuckerberg enfrentaria consequências severas.
Mais recentemente, após a reeleição de Trump, a Meta fez uma doação de US$ 1 milhão para o fundo destinado à sua posse. Além disso, chamou Dana White, presidente do UFC e aliado de Trump, para integrar seu conselho.
Mudanças internacionais também marcaram essa fase da Meta. Nick Clegg, então diretor de assuntos globais, deixou o cargo e foi substituído por Joel Kaplan, figura conhecida por suas críticas à suposta censura contra conservadores nas plataformas digitais da empresa.
Lemley, ao anunciar sua decisão, deixou claro que discordava da direção que Zuckerberg estava tomando.
Leia o texto completo publicado pelo advogado:
Tenho lutado para saber como reagir à queda de Mark Zuckerberg e do Facebook na masculinidade tóxica e na loucura neonazista. Embora tenha pensado em sair do Facebook, considero de grande valor as conexões e os amigos que tenho aqui, e não parece justo que eu perca isso porque Zuckerberg está tendo uma crise de meia-idade. Refletindo sobre isso, decidi ficar, embora provavelmente vá me envolver um pouco menos do que o normal. Mas estou fazendo as três coisas a seguir:
1. Desativei minha conta do Threads.
O Bluesky é uma excelente alternativa ao Twitter, e a última coisa de que preciso é apoiar um site semelhante ao Twitter administrado por um aspirante a Musk.
2. Não comprarei mais nada dos anúncios que vejo no Facebook ou no Instagram. O algoritmo deles tem meu número, e eu compro regularmente o que eles me mostram. Mas, no futuro, mesmo que eu queira algo, irei separadamente ao site para garantir que o Facebook não receba nenhum crédito pela compra.
3. Eu demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais da IA na qual eu os representei, e espero que eles ganhem, não posso mais, em sã consciência, atuar como seu advogado.
