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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta quarta-feira (16), da cerimônia oficial em comemoração ao Dia do Exército, realizada no Quartel-General da força, em Brasília (DF). Durante o evento, Lula cumprimentou o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que foi vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro (PL). O aperto de mão entre os dois, embora breve e protocolar, chamou atenção por marcar um raro momento público de interação entre representantes de lados políticos opostos.
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Essa foi a terceira participação de Lula no evento desde que assumiu seu terceiro mandato, mas, assim como nos anos anteriores, ele optou por não discursar. Ao lado do presidente estavam ministros como José Múcio (Defesa), Jader Filho (Cidades), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Márcio Macedo (Secretaria-Geral), além do general Marco Antonio Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com quem Lula trocou diversas conversas ao longo da cerimônia.
O comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, foi o responsável pelo discurso principal. Em sua fala, defendeu a atuação das Forças Armadas com “profissionalismo e imparcialidade” e destacou os impactos da atual conjuntura geopolítica mundial. No entanto, assim como nas edições anteriores, a cerimônia ignorou completamente qualquer referência ao envolvimento de militares na articulação de um golpe de Estado, apesar da gravidade e repercussão do tema.
Durante a solenidade, diversas autoridades civis e militares foram condecoradas com medalhas como a Ordem do Mérito Militar, a Medalha Exército Brasileiro e o Tributo à FEB – esta última entregue a pessoas que contribuem com a preservação da memória da Força Expedicionária Brasileira, que lutou na Segunda Guerra Mundial. A celebração relembra a Batalha dos Guararapes, considerada o marco histórico da criação do Exército Brasileiro.