Belo Horizonte, 12 de maio de 2025

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Índia e Paquistão anunciam acordo de cessar-fogo

Após dias de ataques e risco nuclear, trégua é firmada em meio à pressão de potências globais e ameaças de escalada militar

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Índia e Paquistão anunciaram neste sábado (10) um cessar-fogo total e imediato, após quatro dias de intensos combates na fronteira deixarem pelo menos 50 mortos, conforme dados confirmados por ambos os lados. A informação foi divulgada horas depois de o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar em sua rede Truth Social que havia mediado o acordo. Segundo ele, a decisão foi tomada “após uma longa noite de negociações”. No entanto, apesar da declaração de Trump, outras nações também atuaram para conter o conflito, como Turquia e Arábia Saudita, que vinham pressionando discretamente por uma solução pacífica. A trégua representa um alívio imediato, considerando que até o início da manhã deste sábado, a escalada militar parecia inevitável.

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O confronto entre os dois países, que são potências nucleares e inimigos históricos na região, ganhou força desde abril, culminando em ataques diretos a instalações militares nos últimos dias. A tensão atingiu um nível crítico quando o Exército do Paquistão anunciou que o comitê responsável pela supervisão de armamentos nucleares poderia ser convocado — o que elevou os temores internacionais. Pouco depois, o Ministério da Defesa paquistanês recuou, negando que essa reunião estivesse agendada. Ainda assim, o cenário gerou uma reação global imediata. A comunidade internacional, incluindo órgãos multilaterais e potências regionais, passou a pedir moderação e diálogo entre os países, preocupados com a possibilidade de um conflito de grandes proporções.

Horas antes do anúncio do cessar-fogo, autoridades de ambos os países indicavam que um acordo parecia distante. Em entrevista à emissora paquistanesa Geo News, o ministro de Relações Exteriores do Paquistão, Mohammad Ishaq Dar, declarou que “a resposta foi inevitável porque nossa paciência chegou ao limite”. Segundo ele, a suspensão dos ataques só seria considerada se a Índia também cessasse suas ações. Por outro lado, a comandante indiana Vyomika Singh afirmou em coletiva que Nova Déli não descartava reduzir a tensão, “desde que o Paquistão retribuísse”. Singh, no entanto, disse que as chances eram reduzidas, já que tropas paquistanesas estariam avançando em áreas sensíveis da fronteira.

Nos bastidores, os Estados Unidos mantiveram contato com representantes de ambos os países na tentativa de evitar a escalada. Antes mesmo da declaração pública de Trump, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, havia conversado diretamente com o general paquistanês Asim Munir e com o chanceler indiano Subrahmanyam Jaishankar. Segundo o Departamento de Estado, Rubio pediu que os dois restabelecessem canais de comunicação para evitar “erros de cálculo”. Após o contato, Jaishankar afirmou na rede social X que a Índia tem mantido uma postura “comedida e responsável”, reafirmando o interesse em evitar novos confrontos.

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