Belo Horizonte, 9 de maio de 2025

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Raro aro de roda de carruagem da Idade do Ferro é encontrado na Escócia

Escavação em Inverness revela artefato único, que pode mudar a história da região e trazer novas perspectivas sobre a sociedade tribal antiga

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Arqueólogos que realizavam escavações nas Terras Altas da Escócia, enquanto preparavam a construção de um campo de golfe perto de Inverness, fizeram uma descoberta surpreendente: um raro aro de roda de carruagem da Idade do Ferro. Inicialmente, os especialistas pensaram que o artefato era apenas um pedaço de equipamento agrícola antigo, mas, com o tempo, perceberam que se tratava de uma peça muito mais significativa. Este aro, feito de ferro forjado, é uma descoberta única, sendo o primeiro encontrado nesta região escocesa.

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A raridade dessa descoberta é ainda mais notável considerando que artefatos semelhantes já foram encontrados na Inglaterra, mas pouquíssimos foram desenterrados na Escócia. O arqueólogo Andy Young, responsável pela escavação, afirmou à BBC Scotland News que nunca havia visto um artefato como esse antes, o que gerou uma grande perplexidade na equipe. A peça é uma representação impressionante da habilidade dos ferreiros da época, e a descoberta pode trazer novas informações sobre a sociedade da Idade do Ferro na região.

Além do aro de carruagem, a escavação revelou um impressionante conjunto de outros artefatos, incluindo uma urna de cremação da Idade do Bronze, que tem cerca de 3.500 anos, ferramentas de sílex e vestígios de pelo menos 25 edifícios de madeira neolíticos. Os arqueólogos também encontraram cerâmica decorada e evidências de sistemas de campos medievais, bem como recintos de animais e fornos de secagem de grãos, sugerindo a existência de uma ocupação humana significativa no local. Embora o foco inicial fosse a escavação de um campo de golfe, a descoberta de tais vestígios históricos trouxe uma nova perspectiva sobre a história da Escócia.

O aro de ferro, que provavelmente estava preso a uma roda de madeira, foi encontrado em uma cova que continha restos humanos cremados e ossos de animais. De acordo com Andy Young, a cova estava provavelmente cercada por uma estrutura de madeira chamada “círculo de paliçada”. É possível que duas rodas de carruagem tenham sido enterradas ali, mas uma delas foi provavelmente destruída ou removida por um arado moderno. O arqueólogo acredita que, devido ao alto custo da produção dos aros de ferro, a pessoa enterrada na cova era provavelmente de alta importância, possivelmente um chefe tribal.

Embora os arqueólogos ainda aguardem os resultados dos testes de radiocarbono para determinar a data exata do artefato, a estimativa é de que o aro seja datado de cerca de 200 a.C., o que o tornaria com aproximadamente 2.200 anos. Se confirmada, a descoberta trará uma nova compreensão sobre a vida na Escócia durante a Idade do Ferro, especialmente nas Terras Altas, uma área que antes não era considerada um grande centro de atividade cultural e comercial.

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