Ouça este conteúdo
A OpenAI estaria desenvolvendo uma nova rede social, mas ao contrário das plataformas tradicionais como Facebook ou Instagram, o foco não seria conectar pessoas, e sim alimentar seus modelos de inteligência artificial. A proposta, segundo rumores recentes, é criar um ambiente digital onde a coleta de dados aconteça de forma contínua, diversificada e natural. Isso responde à necessidade crescente de dados atualizados e reais para treinar sistemas de IA como o ChatGPT, que dependem de contextos humanos autênticos para evoluir.
✅ Fique por dentro! Receba as notícias do G5 Minas em primeira mão no WhatsApp. 📲
Enquanto isso, empresas como a Meta já adotaram estratégias semelhantes. A gigante de Mark Zuckerberg planejava começar, ainda em junho, a coletar dados públicos de usuários do Facebook e do Instagram — incluindo comentários, imagens e status — para aprimorar seus sistemas de IA. No entanto, a iniciativa foi barrada na Europa por autoridades de proteção de dados, que levantaram questões sobre privacidade e uso ético das informações.
O anúncio aconteceu logo após a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC) pedir a suspensão da polêmica ação da Meta, que visava usar dados pessoais de milhões de usuários sem consentimento. O Gabinete do Comissário de Informação do Reino Unido (ICO) também expressou preocupações. Em resposta, a Meta declarou estar “decepcionada” com a solicitação da DPC e afirmou que a situação representa um “retrocesso para a inovação e o desenvolvimento de IA na Europa”.
Esse tipo de abordagem não é exatamente novidade. Elon Musk, por exemplo, já utiliza o X (antigo Twitter) como uma base de dados para treinar o Grok, sua IA desenvolvida pela xAI. A lógica é simples: redes sociais geram volumes imensos de conteúdo espontâneo, que são valiosos para sistemas de aprendizado de máquina que buscam compreender linguagem, comportamento e tendências culturais.
O uso de dados públicos para treinar IA, embora tecnicamente legal em alguns contextos, tem gerado polêmica. A Meta se defende alegando que sua iniciativa está em conformidade com o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) e que o uso dessas informações é respaldado por “interesses legítimos”.