Belo Horizonte, 18 de maio de 2025

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Justiça reduz pena dos irmãos Menendez após quase 30 anos

Decisão surpreende ao reabrir um dos casos mais polêmicos dos EUA, reacendido por série e documentário da Netflix em 2024
Irmãos Menendez redução de pena
Irmãos Menendez redução de pena

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A Justiça dos Estados Unidos reduziu, nesta terça-feira (13/05), a pena de prisão perpétua dos irmãos Lyle e Erik Menendez para 50 anos. Condenados em 1996 pelo assassinato dos próprios pais, os irmãos cumpriam sentença sem possibilidade de liberdade condicional. A decisão do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles alterou esse cenário, com base em uma lei da Califórnia voltada a jovens infratores — aplicável a réus que cometeram crimes com menos de 26 anos.

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Na época do crime, Lyle tinha 21 anos e Erik, 18. Agora, com a nova decisão, eles poderão solicitar liberdade condicional, algo que até então era impossível. A avaliação será feita por uma junta estadual, que vai decidir se os dois devem ou não deixar a prisão. Segundo a Associated Press, os irmãos participaram da audiência por videoconferência. Durante a sessão, o juiz afirmou ter “pensado muito” antes de definir a nova pena, destacando ter sido tocado por uma carta de apoio enviada por um agente penitenciário, fato inédito em seus 25 anos de carreira.

O caso Menendez voltou a ganhar destaque em 2024 após o lançamento de uma série e um documentário pela Netflix, o que gerou comoção pública e despertou empatia em novas gerações. Os irmãos alegaram que cometeram o crime em resposta a anos de abuso sexual por parte do pai, o executivo de entretenimento Jose Menendez. Eles também afirmaram que temiam ser mortos pelos próprios pais, que queriam silenciar qualquer tentativa de denúncia.

Familiares defenderam publicamente a libertação dos irmãos. A tia materna, Joan Andersen VanderMolen, irmã de Kitty Menendez, foi uma das vozes que se manifestaram a favor da redução da pena. Segundo ela, nos dias de hoje, diante da maior compreensão sobre os efeitos do abuso sexual, eles não teriam sido condenados à prisão perpétua. O primeiro julgamento do caso terminou sem consenso, e o segundo — que resultou na condenação — foi criticado por desconsiderar os relatos de abuso. Já o Ministério Público, na época, sustentou que o crime teria sido motivado pela ambição dos irmãos em herdar o patrimônio milionário dos pais.

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