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Pela primeira vez na história, a Igreja Católica será liderada por um papa norte-americano. O cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, nascido em Chicago, foi escolhido como novo pontífice após quatro rodadas de votação no Conclave. A fumaça branca subiu da chaminé da Capela Sistina por volta das 13h08 (horário de Brasília) desta quinta-feira (8), indicando que os 133 cardeais chegaram a um consenso.
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Minutos depois, o Vaticano confirmou que Prevost adotará o nome de Leão XIV. A eleição marca um momento histórico não apenas pela nacionalidade do novo papa, mas também pelas expectativas que agora recaem sobre ele. A decisão foi anunciada pelo cardeal Dominique Mamberti, que proferiu em latim a tradicional frase “Habemus Papam”, informando aos fiéis que o novo líder da Igreja Católica já havia sido definido. Pouco tempo depois, Leão XIV apareceu na sacada da Basílica de São Pedro, e emm seu primeiro discurso como papa, Leão XIV falou em espanhol e afirmou: “Guardamos ainda a voz de Francisco”, sinalizando respeito e continuidade ao legado do argentino Jorge Mario Bergoglio. O discurso foi recebido com emoção por uma multidão de mais de 20 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
- Leia mais: Capela Sistina emite nova fumaça preta e Conclave segue sem consenso para eleger o novo papa
Considerado próximo ao papa Francisco, que o nomeou cardeal, Leão XIV assume o papado em um cenário desafiador. A Igreja Católica tem enfrentado uma redução contínua no número de fiéis em diversas regiões do mundo. Além disso, o novo papa terá de lidar com grandes expectativas, já que a liderança de seu antecessor ficou marcada por esforços de modernização interna da Igreja e por uma postura mais aberta em relação a temas sensíveis. A escolha de Prevost, nesse sentido, é interpretada como uma sinalização de continuidade, mas com toques de pragmatismo.
Outro ponto que chama atenção é a cidadania peruana de Prevost. Embora norte-americano de nascimento, ele se juntou aos agostinianos para uma missão no Peru em 1985 e retornou ao país latino em 2014, ganhando a cidadania no ano seguinte. . Essa conexão com a América Latina pode fortalecer ainda mais os laços da Igreja com o continente, especialmente após o longo papado do argentino Francisco. Sua experiência intercultural pode ser um trunfo em tempos nos quais o Vaticano busca maior diálogo global.
