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A partir desta segunda-feira (10), os Estados Unidos começam a aplicar uma tarifa de 25% sobre a importação de aço e alumínio. A medida foi confirmada pelo presidente Donald Trump, que afirmou que a taxação se estenderá a todos os produtos desses setores que entrarem no país. O Brasil, um dos principais fornecedores de aço para os EUA, deve sentir os impactos da decisão.
A indústria brasileira pode sofrer perdas significativas, já que as exportações para os EUA representam uma fatia expressiva do setor. Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), em 2024, o Brasil vendeu US$ 796 milhões (R$ 4,5 bilhões) em alumínio para os americanos, o equivalente a 14% do total exportado. Em relação a 2023, o crescimento foi de 16%.
A decisão também atinge outros grandes exportadores de aço para os EUA, como Canadá, México, Coreia do Sul e Vietnã. No caso do alumínio, a maior parte das importações americanas vem do Canadá.
Trump justificou a medida ao afirmar que é necessário equilibrar as condições comerciais e prometeu anunciar novas tarifas recíprocas na terça (11) ou quarta-feira (12). Ele explicou que países que já cobram impostos semelhantes sobre produtos americanos não serão afetados, mas aqueles que, segundo ele, “se beneficiam dos EUA” sofrerão retaliação.
A China também estará na mira das novas taxas. Os produtos chineses que entram nos EUA passarão a ser tributados em 10% a partir desta terça-feira, e o governo de Pequim já anunciou que responderá com tarifas específicas sobre mercadorias americanas a partir do dia 10 de fevereiro.
O governo brasileiro já esperava que Trump retomasse essa política protecionista. Durante seu primeiro mandato, ele aplicou tarifas semelhantes, mas posteriormente concedeu quotas isentas para alguns parceiros comerciais, como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.
