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Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (8) que vão impor uma tarifa de 104% sobre todos os produtos importados da China a partir desta quarta-feira (9), às 3h01 (horário de Brasília), conforme anunciado pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. A medida tem como foco pressionar Pequim, diante do impasse em negociações comerciais e da retaliação prevista pelos chineses.
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No dia anterior, o governo americano havia ameaçado aumentar as tarifas caso os chineses não retirassem suas taxas retaliatórias de 34% sobre produtos dos Estados Unidos até esta terça-feira. Segundo Trump, a iniciativa visa responder à postura “agressiva” de Pequim no comércio internacional, e reforçar a proteção à indústria e aos trabalhadores norte-americanos.
Mais cedo nesta terça-feira, o Ministério do Comércio da China afirmou que “se opõe firmemente” às novas tarifas, classificando a medida como “um erro sobre um erro”. O governo chinês já sinalizou que irá ampliar as retaliações às exportações dos Estados Unidos, o que pode intensificar a tensão entre as duas maiores economias do mundo. O cenário deixa em alerta setores industriais e exportadores de ambos os países.
O impacto foi sentido no mercado financeiro: os índices Dow Jones, Nasdaq e S&P 500, que estavam em alta no início do dia, recuaram após o anúncio da Casa Branca. Segundo analistas, a instabilidade reflete o receio de investidores com uma possível escalada na guerra comercial, o que pode afetar cadeias de produção globais e pressionar preços ao consumidor.
Enquanto isso, a Casa Branca mantém o tom firme. “O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço, e ele não vai se quebrar”, afirmou Karoline Leavitt, acrescentando que os chineses “querem fazer um acordo, só não sabem como fazê-lo”.