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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou a tensão na guerra comercial com a China ao anunciar, nesta segunda-feira (7), que poderá aplicar tarifas de 50% sobre produtos chineses. A medida seria uma retaliação direta às tarifas de 34% impostas por Pequim sobre todas as importações americanas. O conflito começou com a taxação inicial dos EUA em 2 de abril e, desde então, ganhou proporções preocupantes para a economia global.
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A nova ameaça de Trump foi feita por meio de sua rede social, onde o presidente declarou que, caso a China não recue até 8 de abril, os Estados Unidos vão impor a nova rodada de tarifas no dia seguinte. Além disso, Trump indicou que pode suspender negociações com o governo de Xi Jinping, embora tenha demonstrado disposição para manter o diálogo com outros países atingidos pelo aumento tarifário.
Como resposta, o Ministério das Finanças da China reafirmou que as tarifas de 34% entram em vigor a partir de 10 de abril, justificando a decisão como uma defesa contra a “intimidação unilateral” dos EUA. Além das tarifas, Pequim anunciou restrições à exportação de terras raras — fundamentais para a indústria de tecnologia — e bloqueou transações com 16 empresas americanas. As ações reforçam a estratégia chinesa de proteção e reposicionamento no cenário internacional.
Com a escalada, os impactos já começaram a ser sentidos. A bolsa de Hong Kong registrou queda de 13,22%, e investidores temem uma recessão global, especialmente diante da possibilidade de enfraquecimento nas cadeias de suprimento e aumento da inflação. Economistas alertam que a continuidade desse embate pode travar o crescimento econômico em diversas regiões do mundo.