Belo Horizonte, 15 de abril de 2025

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Guerra comercial entre China e Estados Unidos expõe os bastidores polêmicos do mercado de luxo

Vídeos virais mostram bastidores da fabricação de bolsas de grife por um décimo do preço original e expõem os segredos das indústrias

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A disputa comercial entre China e Estados Unidos está gerando efeitos inesperados no mercado de luxo global. Em meio ao aumento das tarifas e tensões entre as duas potências, fabricantes chineses têm se aproveitado do momento para desafiar a exclusividade das grandes grifes. Com vídeos que circulam nas redes sociais como TikTok e X (antigo Twitter), esses produtores mostram como é possível fabricar bolsas visualmente idênticas às de marcas como Hermès e Chanel, mas por uma fração do preço original. O impacto atinge diretamente o conceito de valor atribuído às marcas de luxo e vem colocando em xeque a real justificativa por trás de seus preços elevados.

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Nos vídeos, os fabricantes chineses explicam que utilizam os mesmos materiais e técnicas artesanais empregados pelas grifes europeias e a principal diferença é a ausência do logotipo. Enquanto uma bolsa Birkin pode ultrapassar US$ 35 mil (cerca de R$ 205 mil), os chineses afirmam que a mesma peça poderia ser feita por cerca de US$ 1.400 (mais de R$ 8 mil). Essa prática levanta questionamentos entre consumidores e especialistas sobre o que está realmente sendo comprado, a qualidade do produto ou o peso do nome estampado?

A ação desses produtores não é por acaso. Trata-se de uma resposta direta às barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos, que encarecem produtos chineses e incentivam a valorização do que é produzido internamente. Com isso, a China tenta reverter a imagem de baixa qualidade associada ao “Made in China”. A presença de empresários como Sen Bags nas redes, mostrando os bastidores da produção e comparando materiais com os das grifes ocidentais, fortalece essa estratégia.

Por outro lado, as grandes marcas defendem com firmeza sua reputação. A Hermès, por exemplo, nega qualquer terceirização para fábricas chinesas e reforça que toda sua produção permanece na França, com rastreabilidade e controle artesanal rigoroso. No entanto, cresce a especulação de que algumas dessas fábricas asiáticas possam estar envolvidas, ainda que indiretamente, na cadeia de fornecimento de várias marcas renomadas, o que levanta dúvidas sobre a transparência na indústria da moda de luxo.

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