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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 3.036 mensais. O objetivo é beneficiar trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, que, com o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518, corresponderiam a R$ 3.036. Atualmente, a isenção abrange quem recebe até R$ 2.824 mensais, o que representava dois salários mínimos em 2024.
O principal objetivo dessa medida é manter a isenção para quem recebe até dois salários, acompanhando o aumento do salário mínimo. O ministro comentou sobre o assunto em uma entrevista, destacando que a medida está em análise e que, apesar de ainda não ter um cálculo final sobre o impacto, o governo garantirá compensações fiscais para não desequilibrar as finanças públicas.
“Vou divulgar esse dado e, como sempre, tudo o que fazemos tem compensação. Não tem nada que vai ser feito sem compensação. Vai ser feito o cálculo, mas vai haver compensação, como houve em todas as ocasiões em que isso foi feito”, afirmou Haddad.
Em relação ao Orçamento de 2025, Haddad reafirmou que a prioridade do governo é sua aprovação pelo Congresso, o que deve ocorrer após as eleições para as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, previstas para fevereiro. Somente depois, o governo começará as discussões sobre a ampliação da faixa de isenção para quem ganha até R$ 5.000 mensais, conforme compromisso assumido durante a campanha de Lula.
Sobre a proposta de isenção para quem ganha até R$ 5.000, o ministro destacou que ainda há “inconsistências” a serem ajustadas antes de enviar a proposta ao Congresso. “Era já para ter terminado, mas a Receita pediu mais dias. O importante é aprovar (a reforma do Imposto de Renda) neste ano”, disse ele.
Haddad também mencionou que, nas últimas reuniões com líderes políticos, discutiu questões relacionadas à reforma tributária, que deve ser sancionada até quinta-feira.
