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O município de Ipatinga, no Vale do Aço, foi fortemente impactado pelas chuvas nos últimos dias. Em resposta, o Governo de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira (15) um pacote de ações emergenciais para ajudar a população afetada. Entre as medidas, está o adiantamento de R$ 1 milhão para assistência social, além de solicitações para suspensão de contas de água e energia elétrica para as famílias atingidas.
O governador Romeu Zema destacou que o valor será encaminhado diretamente à prefeitura para assegurar maior eficiência no uso dos recursos. “O município conhece melhor as demandas locais e poderá aplicar o montante de forma mais ágil e precisa,” explicou. Esse repasse é uma antecipação de parcelas do Piso Mineiro de Assistência Social que seriam realizadas nos próximos meses.
Além do suporte financeiro, o governador informou que o Estado pediu às concessionárias de água e energia elétrica a suspensão temporária da cobrança e a possibilidade de parcelamento das dívidas dos moradores afetados pelas enchentes.
Outra medida anunciada foi a solicitação ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para criação de linhas de crédito voltadas ao enfrentamento de tragédias naturais.
- Linha de crédito para empresas: A proposta é apoiar negócios que tiveram prejuízos significativos, como perda total de estoques.
- Linha de crédito para prefeituras: Os recursos devem ser usados para a retirada de moradores de áreas de risco e outras ações emergenciais necessárias para garantir a segurança da população.
“Estamos construindo uma proposta não só para Ipatinga, mas para toda cidade com moradia afetada ou área de risco. Toda vez que for necessário fazer investimento para retirar pessoas em das áreas de risco, o BDMG vai ter essa linha”, pontuou o governador.
CREA-MG realiza vistorias em áreas de risco
Em parceria com o governo estadual, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG) enviou uma equipe de cinco profissionais para avaliar as condições de imóveis e terrenos em áreas de risco em Ipatinga.
Os engenheiros e técnicos, que têm experiência em situações como as enchentes de Bento Gonçalves (RS) e o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), estão atuando de forma voluntária. A missão é identificar estruturas que necessitem de interdição para garantir a segurança dos moradores.
O trabalho, que deve se estender por pelo menos uma semana, é essencial para mapear as áreas mais vulneráveis e orientar as próximas ações do município.