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O vereador e médico Thiago Bitencourt Lanhes Barbosa (PL), conhecido como Dr. Thiago em Canarana (MT), foi preso em flagrante no último sábado (31/05) sob graves acusações de estupro e de manter uma adolescente como refém sexual. Além disso, ele é suspeito de abusar de uma menina de 2 anos e de armazenar vasto material de exploração sexual infantil. A prisão do político, que também é investigado por receber salários sem trabalhar na prefeitura, veio à tona após uma operação da Polícia Civil que apurava crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
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A princípio, a investigação que levou à sua detenção já tinha duas possíveis vítimas. Entretanto, após a prisão, mais seis mulheres, crianças e adolescentes surgiram, elevando o número de vítimas. Entre as novas denúncias, há o relato de uma mãe de 29 anos, que teria sido abusada em um dos consultórios do vereador. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Flávio Leonardo Santana, Dr. Thiago teria exercido “domínio psicológico” sobre ela, produzindo conteúdo íntimo sem seu consentimento. Além disso, ele teria sugerido abusos contra a filha dela, de apenas 8 anos, e, posteriormente, estuprado a criança.
Durante o período da relação abusiva, o vereador teria forçado a mulher a manter relações sexuais contra a vontade dela usando a violência, em seu consultório em um posto de saúde da prefeitura. Ao cumprirem os mandados de busca e apreensão na casa e nos consultórios do médico de 40 anos, os agentes encontraram uma grande quantidade de imagens de abuso sexual infantil, roupas infantis e itens sexuais. Ou seja, todo esse material reforçou as acusações iniciais.
Segundo o delegado, parte desse material teria sido produzido, armazenado e, inclusive, divulgado e compartilhado pelo próprio suspeito. Ademais, Flávio ressaltou que Thiago Barbosa usava a profissão de médico para ter acesso e se aproximar das vítimas em situações de vulnerabilidade. Ele ainda se relacionava com uma adolescente de 15 anos, submetendo-a a práticas de escravidão sexual que incluíam uma menina de apenas 2 anos. Portanto, há fortes indícios de que o suspeito usava essa adolescente como instrumento para abusar sexualmente da criança de 2 anos, que, por sua vez, sofria abusos desde os 12 anos.
Como resultado, a prisão temporária de Thiago Barbosa foi convertida em preventiva nesta segunda-feira (02/06). No mesmo dia, o PL o afastou temporariamente, e o Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso (CRM-MT) instaurou uma sindicância para apurar a conduta do médico.