Ouça este conteúdo
Antério Mânica, condenado por ser um dos mandantes da Chacina de Unaí, morreu na madrugada desta quinta-feira (15) em Brasília, aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês após sofrer uma queda no início de abril, que causou traumatismo craniano e o levou a uma cirurgia de emergência. Desde então, Mânica permaneceu em coma induzido devido ao estado grave de saúde. Ele cumpria prisão domiciliar desde novembro de 2023, por decisão judicial que considerou suas condições médicas.
✅ Fique por dentro! Receba as notícias do G5 Minas em primeira mão no WhatsApp. 📲
Além da lesão causada pela queda, Mânica enfrentava um quadro de câncer no pâncreas, diabetes e pressão alta, o que agravava seu estado de saúde. A combinação dessas doenças dificultava qualquer possibilidade de melhora significativa durante o período em que esteve hospitalizado.
Em sua trajetória judicial, Antério Mânica teve uma pena inicial de 100 anos de prisão, decretada em 2015, por ser mandante do assassinato de três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e de um motorista, na Chacina de Unaí, ocorrida em Minas Gerais. No entanto, em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a sentença e determinou um novo julgamento.
No novo julgamento, em 2022, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão por quádruplo homicídio triplamente qualificado, mas obteve o direito de recorrer em liberdade. Em 2023, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) aumentou a pena para 89 anos e determinou a execução imediata da prisão.
A confirmação da morte de Antério Mânica veio de pessoas próximas ao condenado, enquanto o Hospital Sírio Libanês divulgou nota informando não possuir informações oficiais a respeito do falecimento.