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Uma história polêmica envolvendo uma adolescente de 13 anos voltou a ganhar destaque nas redes sociais nesta semana. O caso, que aconteceu há sete anos, viralizou após a psicanalista Andrea Vermont relembrar o episódio durante uma entrevista no podcast 3 Irmãos. A profissional contou que, enquanto realizava palestras de apoio emocional para estudantes do ensino médio de uma escola particular — como preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) —, uma adolescente de 13 anos revelou, em conversa individual, ter engravidado após participar de uma prática sexual conhecida como “roleta russa”.
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De acordo com o relato, a prática consiste em meninos sentados em cadeiras, com ereção enquanto as meninas passam, uma a uma, sentando sobre eles, sem qualquer tipo de proteção. A jovem engravidou e, mesmo anos depois, ainda não sabe quem é o pai da criança. A psicanalista explicou que outras garotas também participaram da mesma dinâmica na ocasião. O caso ocorreu em uma escola privada com mensalidade de R$ 2 mil, o que, segundo Andrea, reforça que esse tipo de comportamento não está restrito a uma única classe social.
O relato gerou grande repercussão nas redes sociais, com muitas pessoas expressando choque e preocupação. A história reacendeu discussões sobre a falta de diálogo entre pais e filhos e a ausência de educação sexual efetiva nas escolas. “Essa é uma prática que acontece entre jovens e adolescentes. Não é um relato tão incomum quanto pareceu”, disse Andrea no podcast.
A psicanalista também falou sobre o distanciamento entre adultos e adolescentes: “É engraçado porque parece que existe um limbo entre o mundo dos adultos e o mundo dos adolescentes. Ficou claro o quanto existe um abismo.” Além da gravidez, a prática relatada pela jovem levanta um alerta importante sobre a exposição a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O sexo sem preservativo, especialmente com múltiplos parceiros, aumenta significativamente o risco de doenças como HIV, HPV, sífilis e gonorreia, algo que, muitas vezes, nem é considerado por adolescentes por falta de informação ou orientação adequada. O caso, embora antigo, traz à tona questões atuais e urgentes sobre prevenção, escuta ativa e responsabilidade compartilhada na formação de jovens mais conscientes e protegidos.